terça-feira, 2 de novembro de 2010

AINDA SOMOS ESCRAVOS

Cada símbolo, cada gesto
Cada momento em ação
Esse é o espaço da gente
Demolir a escravidão
Que ainda corrói a gente

Falar de consciência negra
Não é coisa tão banal
É um jeito diferente
De se questionar
Não queremos troféu
Só que saia do papel
Leis que protegem a gente
 
20 de novembro
É uma data especial
Para juntos refletirmos
A indiferença social
Cada irmão tem seu dever
Juntos combater
Essa questão racial.
 
Dia da consciência negra
É símbolo de luta e liberdade
Que nossas mãos não se cansem
Nossa voz não se cale
Devemos ter na memória
De seguir as mesmas trilhas
Do nosso herói zumbi
Modelo da igualdade.
 
Nosso povo, nossa gente,
Nossos heróis, nossos irmãos
De a vida pelos seus
Não queriam a guerra não
Só queriam ser mais gente
Viver a vida decente
Sem chicote, sem grilhões.
 
A cada canto da terra
Há uma senzala, um porão
Há um engenho, um tronco
Um negro é chicoteado
Há um feitor de plantão.

Cada hora, cada minuto
Cada momento em vão
Um irmão é tombado ao chão
Cada momento é cruel
Uma mulher é estuprada,
Morta, violentada
Essa é a triste questão.
 
Esta tal desigualdade
Parece não ter solução
Já não podemos aceitar
Tanta discriminação
 
Chega de hipocrisia Queremos mais respeito
Queremos cidadania. 
 
(Maria da Conceição Amparo Alves)


 

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